Há vários anos foi designado o dia 8 de Março como o dia internacional da mulher. Uma data comemorativa oficializada pela Organização das Nações Unidas na década de 1970, para simbolizar a luta histórica das mulheres para terem suas condições equiparadas às dos homens.
O que a mim chama a atenção nesta celebração, é que para se ter as condições equiparadas a dos homens, é necessário que estas mulheres aprendam como fazer (literacia funcional, informacional, digital, auto-aprendizagem) e mais do que o como, que descubram o porque devem aprender a fazer.
É importante a desconstrução mental e psicológica da dependência emocional, financeira, social a figura masculina, e isso só é possível com a auto-realização, que está intrinsecamente relacionada a questão do aprender a fazer e a descoberta do porque fazer.
Aprender o como fazer, dota as mulheres de capacidades de realização de tarefas que podem ser remuneradas, dotando-as de um meio de sustento. Mas, aprender o porque fazer, transforma a mentalidade, aguça a criatividade, permite que estas mulheres tenham além de um meio de subsistência, condições para inovar e procurar formas melhores de fazer mais e melhor.
Só que é exactamente aí onde começa a acontecer o problema, depois de poder ser e fazer o que quiser, há ainda as questões de género, religião e social que continuam a colocar barreiras ao desenvolvimento e crescimento destas mulheres.
Mais do que desejar um feliz dia internacional da mulher, desejo a liberdade de ser, de se perdoar, de se aceitar e de aprender o como fazer e a descoberta do porquê.